quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Com 40% dos tomógrafos quedrados, secretário de Saúde do DF é chamado de "irresponsável" por promotor

By Myrcia Hessen, do R7, com informações da TV Record Brasília






Apenas 40 operações estão sendo feitas, quando o ideal seriam 60
Divulgação/Agência Brasília



O Promotor de Justiça da Defesa da Saúde no Distrito Federal, Jairo Bisol, informou nesta quinta-feira (26) que o Ministério Público do DF não pode obrigar as empresas a fazerem manutenção nos tomógrafos da Secretaria de Saúde. Sem a manutenção dos tomógrafos, apenas oito dos 13 da rede pública de Saúde estão funcionando, o que corresponde a 60% do número de equipamentos. Com isso, apenas 40 operações estão sendo feitas, quando o ideal seriam 60.



Em entrevista ao R7 DF, ele classificou “irresponsabilidade” a atitude do secretário de Saúde, Fábio Gondim, de acionar o órgão e o fato demonstra que ele “precisa se preparar melhor para o cargo”.



— É responsabilidade dele resolver a questão [dos tomógrafos quebrados], as empresas que fazem a manutenção desses equipamentos se negam a fazer novos contratos porque os antigos não foram pagos e também me parece uma postura insensível das empresas dentro da dificuldade notória da Secretaria. Mas, ele [o secretário] tem uma procuradoria, por que não se dirigiu a ela? — questiona Bisol.



As declarações de Bisol surgem um dia após o secretário conceder entrevista à imprensa dizendo precisou pedir ajuda do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para que máquinas de tomógrafos de hospitais públicos sejam consertados. As empresas responsáveis pela manutenção se recusam a renovar os contratos e consertá-las até que o governo pague a dívida de R$ 2,4 milhões que deve a elas, referente aos serviços realizados ainda em 2014.



Contudo, o promotor explica que o Ministério Público do DF foi quem recomendou o secretário a fazer a manutenção dos quatro aparelhos de tomografia parados nos hospitais públicos, três quebrados e um desmontado. A ideia era que o problema fosse resolvido e não devolvido ao órgão, como, segundo ele, aconteceu.



— Ele [o secretário] tem que se preparar melhor e resolver imediatamente a questão dos tomógrafos. Não é com o MP, é com a Procuradoria Geral do DF. Na realidade, esse foi um problema gerado por uma decisão política para resolver um problema de caixa. [O GDF] resolveu não pagar [o contrato] de 2014, o que aconteceu foi um efeito colateral. Para sensibilizar o governador, eu digo: o governo está pecando ao priorizar a gestão e não a assistência.



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O brigadista Adeilton Gonçalves levou a namorada às pressas ao Hospital de Base e o médico pediu um exame de tomografia. Parecia simples de resolver, mas ele conta que passou um verdadeiro sufoco.



— Ela estava sentindo dor nos rins, o médico analisou, pediu urgência. Mas, até agora, exame que é bom, nada. Com esse descaso fica difícil, tem muita gente para fazer o exame e só Deus sabe a hora que sai.



O próprio GDF (Governo do Distrito Federal) reconhece que o mesmo drama se repete nos hospitais regionais de Ceilândia e do Gama.



Quatro empresas comercializam os aparelhos para a rede pública de Brasília: GE, Philips, Siemens e Toshiba. O governo deve a três delas: Siemens (R$ 1,6 milhão), GE (R$ 600 mil) e Philips (R$ 200 mil).



Remanejamento



Segundo o secretário de Saúde, pacientes que precisarem de exames com uso do aparelho serão encaminhados às unidades que dispõem dele.



— A saúde funciona em rede, o paciente pode ser transportado para outro hospital.



Os hospitais que contam com tomógrafos em condições de uso são: Regionais da Asa Norte, do Paranoá, de Samambaia, de Santa Maria, de Sobradinho, de Taguatinga, e o Hospital Materno-Infantil.


Via:: R7



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