domingo, 9 de agosto de 2015

Mochileiro do DF é encontrado morto após passar 13 dias desaparecido nos Estados Unidos

By Myrcia Hessen, do R7






Rafael cursava o terceiro semestre de geografia na UnB (Universidade de Brasília) e, segundo familiares, “tinha uma angústia enorme de mudar o mundo”
Reprodução/Facebook



O estudante que saiu de Brasília para uma viagem aos Estados Unidos, Rafael Andrade Lobão, de 18 anos, foi encontrado morto após dias de angústia da família. Ele estava desaparecido desde o dia 27 de julho em Portland, no estado de Oregon (EUA). O corpo tinha sido encontrado há cerca de dois dias, mas só agora a família teve conhecimento. Segundo as autoridades locais, o jovem teve um mal súbito enquanto acampava na região.



Rafael começou a sua viagem no dia 14 de julho, em Las Vegas, Nevada, onde passou apenas algumas horas. Depois, seguiu para Portland, onde ficou em um albergue. Ainda em Portland, Rafael dormiu em casas de amigos que tinha no local e em cidades próximas.



O jovem sempre manteve contato com a família e, de repente, parou de dar notícias. Como ele deveria ter voltado para o Brasil no dia 5 de agosto e não tomou voo, a família acionou todos os canais competentes: Itamaraty, consulado local, Embaixada Americana, Polícia Federal, Divisão Amarela, Interpol e FBI. O pai do rapaz, Alexandre Lobão, embarcou para procurá-lo nos Estados Unidos, mas logo foi avisado da morte e agora espera liberação para trazer o corpo do jovem ao Brasil.



Rafael cursava o terceiro semestre de geografia na UnB (Universidade de Brasília) e, segundo familiares, “tinha uma angústia enorme de mudar o mundo”.



— Não conseguia aceitar preconceitos e discriminações e tentava de todo jeito promover uma mudança. A terra perdeu uma pessoa iluminada e o céu ganhou uma estrela — escreveu a família Andrade em comunicado publicado no Facebook do próprio jovem.



A irmã de Rafael, Natália de Andrade, de 25 anos, usou sua conta no Facebook para avisar aos mais próximos sobre o falecimento. Segundo ela, antes de morrer, o rapaz realizava seu maior sonho: mochilar. Para ela, “a terra perdeu uma pessoa iluminada e o céu ganhou uma estrela”.



— Perdi um irmão que sempre demonstrou carinho com a sua família, sempre se importou, aquele irmão mais novo que te copia em tudo e que ao mesmo tempo é tão diferente. Consigo contar nos dedos as nossas brigas. Por mais que este ano eu tenha afastado dele devido ao trabalho, sempre fui grudada nele. Vi se tornar uma pessoa incrível. Vi seus erros e acertos e sempre cobrei muito dele, porque sabia que ele sempre podia alcançar mais. Amo muito.



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Em contato com o R7 DF, o pai do jovem disse que Rafael tinha boa saúde, raramente ficava doente e que todos da família acreditam que este era, de fato, o momento dele.



— Os médicos forenses não conseguiram determinar a causa mortis, parece que ele simplesmente dormiu e não acordou . Ficamos felizes por ele ter se despedido em um momento em que estava super feliz, realizando seus sonhos.



O pai conta ainda que, pouco antes da morte, o jovem tirou uma foto no local onde estava e tudo estava no mesmo lugar. Nada bagunçado ou faltando – o que demonstra que não houve briga ou ataque onde o rapaz acampava.



— Rafael era uma boa alma, sempre sincero, vegano, sempre defendendo os direitos das pessoas e dos animais. Lutava contra qualquer tipo de exploração ou discriminação. O mundo atual, com todos seus problemas, ainda não estava preparado para ele. No último contato, ele estava bem, super feliz com a experiência de mochilar, que era um sonho antigo dele.



Apesar de os médicos forenses não conseguiram determinar a causa da morte de Rafael, garantiram que o corpo foi encontrado sem sinais de violência ou uso de drogas.


Via:: R7



Mochileiro do DF é encontrado morto após passar 13 dias desaparecido nos Estados Unidos

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