By Do R7
Tempestades dessa estação chuvosa já atingiram militares em treinamento e mataram pai e filho em condomínio
Alex Ribeiro/Ag. O dia
A temporada de chuvas no Distrito Federal está no fim e foi uma das mais violentas. Além dos alagmentos, um temporal de raios e acidentes provocados pelo fenômeno marcou o período de fortes chuvas. Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram registrados 4 mil quedas de raios entre janeiro e a primeira quinzena de abril.
Pelo menos 34 pessoas ficaram feridas ou morreram este ano, em balanço até o fim do mês passado no DF em consequência das descargas elétricas. O caso com o maior número de vítimas ocorreu em março, quando um raio atingiu 31 militares da Guarda Presidencial, que participavam de um treinamento no Setor Militar Urbano. Alguns soldados chegaram a desmaiar e foram atendidos no Hospital das Forças Armadas.
Um pai e um filho também morreram juntos esse ano após serem atingidos por uma descarga elétrica durante uma tempestade no condomínio em que moravam, em bairro nobre de Brasília.
Outro caso que chocou a população foi a morte de um adolescente de 15 anos. Paulo Rodrigo foi atingido por uma descarga elétrica logo após a queda de um raio. Chovia na hora do acidente e o jovem utilizava um aparelho celular conectado a uma tomada. O pai, Joaquim Ferreira Lima, conta que a família dormia quando todos acordaram com um forte barulho.
— Nós tivemos aquele espanto e gritamos “vamos ver os meninos”. Eu corri para ver porque o barulho era enorme, era intenso, um barulho muito forte de raio como se estivesse caído dentro do quarto dos meninos.
Quando o pai chegou ao quarto dos filhos, o mais velho dos irmãos estava desmaiado com um celular na mão.
— Eu só peço aos pais que não deixem seus filhos mexerem em celulares quando estiver chovendo. Mesmo que eles queiram, não deixem porque um celular ligado na tomada levou a vida do meu filho.

Pessoas que passavam pelo local tentaram socorrer homem atingido por raio na Asa Norte
Reprodução/ TV Record
A primeira vítima de raio neste ano no DF foi Manoel Gonçalves da Silva, de 54 anos. O homem morreu em janeiro depois de ser atingido por um raio quando tentava se proteger da chuva debaixo de uma árvore, na Asa Norte. O homem foi socorrido por um bombeiro, mas não resistiu a uma parada cardíaca e morreu uma semana depois.
Permanecer sob árvores durante a chuva é uma atitude que deve ser evitada e um dos maiores motivos de mortes por raios. Para prevenir os acidentes, o Inpe lançou uma cartilha com cuidados que devem ser tomados durante as chuvas. As principais recomendações quando se está dentro de casa é evitar contatos com fios, tomadas, janelas e portas metálicas e equipamentos ligados à rede elétrica.
Na rua, os cuidados também devem ser permanentes. Quando iniciar uma chuva, deve-se rapidamente procurar abrigo em carros não conversíveis, prédios, barcos ou navios, desfiladeiros ou vales. Estes locais são os que menos recebem descargas naturais.
Os dados colhidos pelo instituto revelam que, em todo o país, a incidência anual de raios chega a 50 milhões e cerca de 500 pessoas ficam feridas depois de serem atingidas por descargas elétricas naturais. No ranking mundial, o Brasil está em primeiro ligar nos registros de quedas de raios. No ranking nacional, o Distrito Federal ocupa o 26º lugar entre as unidades da federação.
Via:: R7
DF registra queda de 4 mil raios nos quatro primeiros meses do ano

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