By Do R7
Decorador pode ser deportado ao Brasil se for encontrado pela Interpol
Reprodução/ TV Record
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou, nessa quarta-feira (27), o pedido de prisão preventiva do decorador de eventos Chrisanto Lopes Galvão Netto. Ele vai responder a 25 processos em liberdade. O empresário é suspeito de aplicar golpes em noivas e comissões de formaturas do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, ele fugiu de Brasília para Paris com o dinheiro pago por clientes como adiantamento de contratos de prestação de serviços.
A delegada que investiga o caso, Claudia Alcântara, diz que o sentimento é de frustração diante da decisão da Justiça.
— O Juiz justificou que, por ora, não vai pedir a prisão dele. Ele deu prazo de dez dias para que ele se pronuncie e constitua advogado no Brasil para responder aos processos e, se não houver advogado, será nomeado um defensor público.
Se a Justiça houvesse expedido o mandado de prisão, o nome de Netto Galvão, como era conhecido, poderia entrar para a lista de procurados da Polícia Internacional, a Interpol, para que ele pudesse ser preso na capital francesa. Neste caso, o decorador seria considerado foragido no Brasil e no exterior e reconhecido automaticamente ao apresentar o passaporte em qualquer aeroporto do mundo. Se preso, ele poderia ser extraditado ao Brasil para responder aos processos.
Nessa segunda-feira (25), a Justiça determinou o bloqueio de bens do empresário até o valor de R$ 48,5 mil para garantir o ressarcimento de valores perdidos por cinco contratantes, que pagaram R$ 25.500 e R$ 23.000 por decorações de eventos. A ação ainda pedia a apreensão de um veículo, mas a Justiça negou porque o carro não está em nome do empresário.
Netto Galvão, referência no ramo de decoração de eventos no Brasil, fechou as portas da empresa na primeira semana de maio. Noivas e comissões de formatura que fecharam contratos com o decorador tentaram contato por duas semanas, mas não conseguiram. O ex-policial apagou seus perfis em redes sociais. O escritório, que funcionava no Sudoeste, área nobre de Brasília, foi fechado e a placa que anunciava a empresa, retirada.
Após o sumiço, a Polícia Civil recebeu dezenas de ocorrências de clientes vítimas do golpe. Até esta quinta-feira (28), a 3ª Delegacia do Cruzeiro (DF), registrou 79 ocorrênciaa e estima um prejuízo total de R$1,6 milhão para os clientes. O homem foi indiciado por estelionato e vai responder por cada contrato não cumprido. Para cada caso, ele pode ser condenado a até cinco anos de prisão e ainda pode responder por crime contra a ordem tributária.
Dias depois da repercussão do caso, foi divulgada uma carta em que o decorador pede desculpas aos clientes prejudicados e promete que irá devolver os valores desviados. Ele justifica que a empresa passava por problemas financeiros, o que o submeteu a uma grave depressão.
Via:: R7
Justiça nega pedido de prisão contra decorador que aplicou golpe em noivas do DF
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