quinta-feira, 28 de maio de 2015

Justiça nega pedido de prisão contra decorador que aplicou golpe em noivas do DF

By Do R7






Decorador pode ser deportado ao Brasil se for encontrado pela Interpol
Reprodução/ TV Record



O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou, nessa quarta-feira (27), o pedido de prisão preventiva do decorador de eventos Chrisanto Lopes Galvão Netto. Ele vai responder a 25 processos em liberdade. O empresário é suspeito de aplicar golpes em noivas e comissões de formaturas do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, ele fugiu de Brasília para Paris com o dinheiro pago por clientes como adiantamento de contratos de prestação de serviços.



A delegada que investiga o caso, Claudia Alcântara, diz que o sentimento é de frustração diante da decisão da Justiça.



— O Juiz justificou que, por ora, não vai pedir a prisão dele. Ele deu prazo de dez dias para que ele se pronuncie e constitua advogado no Brasil para responder aos processos e, se não houver advogado, será nomeado um defensor público.



Se a Justiça houvesse expedido o mandado de prisão, o nome de Netto Galvão, como era conhecido, poderia entrar para a lista de procurados da Polícia Internacional, a Interpol, para que ele pudesse ser preso na capital francesa. Neste caso, o decorador seria considerado foragido no Brasil e no exterior e reconhecido automaticamente ao apresentar o passaporte em qualquer aeroporto do mundo. Se preso, ele poderia ser extraditado ao Brasil para responder aos processos.



Nessa segunda-feira (25), a Justiça determinou o bloqueio de bens do empresário até o valor de R$ 48,5 mil para garantir o ressarcimento de valores perdidos por cinco contratantes, que pagaram R$ 25.500 e R$ 23.000 por decorações de eventos. A ação ainda pedia a apreensão de um veículo, mas a Justiça negou porque o carro não está em nome do empresário.



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Netto Galvão, referência no ramo de decoração de eventos no Brasil, fechou as portas da empresa na primeira semana de maio. Noivas e comissões de formatura que fecharam contratos com o decorador tentaram contato por duas semanas, mas não conseguiram. O ex-policial apagou seus perfis em redes sociais. O escritório, que funcionava no Sudoeste, área nobre de Brasília, foi fechado e a placa que anunciava a empresa, retirada.



Após o sumiço, a Polícia Civil recebeu dezenas de ocorrências de clientes vítimas do golpe. Até esta quinta-feira (28), a 3ª Delegacia do Cruzeiro (DF), registrou 79 ocorrênciaa e estima um prejuízo total de R$1,6 milhão para os clientes. O homem foi indiciado por estelionato e vai responder por cada contrato não cumprido. Para cada caso, ele pode ser condenado a até cinco anos de prisão e ainda pode responder por crime contra a ordem tributária.



Dias depois da repercussão do caso, foi divulgada uma carta em que o decorador pede desculpas aos clientes prejudicados e promete que irá devolver os valores desviados. Ele justifica que a empresa passava por problemas financeiros, o que o submeteu a uma grave depressão.


Via:: R7



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