quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mulher de Ernesto Silva doa documentos do marido para o arquivo público do DF

By Do R7, com Agência Brasília






A doação foi oficializada por Sônia na terça-feira (12)
Andre Borges/Agência Brasília



No apartamento onde viveu 15 anos ao lado do marido, na Asa Sul, cada objeto representa um pedaço da história de Brasília: cartas de agradecimento do presidente Juscelino Kubitschek, homenagens de órgãos do governo, fotografias de momentos importantes do crescimento da capital. São documentos pessoais de Ernesto Silva que a viúva, Sônia Souto Silva, de 77 anos, vai dividir com os brasilienses. Por isso, decidiu doá-los ao Arquivo Público do Distrito Federal, que fornecerá profissionais para catalogar o material.


A doação foi oficializada por Sônia na terça-feira (12), durante visita feita a ela pela superintendente do Arquivo Público, Marta Célia Bezerra, e pela coordenadora de Arquivo Permanente, Tereza Eleutério. Encontro que contou ainda com a presença do presidente da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil), Hermes de Paula, e do historiador e jornalista Jarbas da Silva Marques.


A ideia é que os documentos do médico e militar que chegou a Brasília em 5 de fevereiro de 1955 façam parte de uma exposição em comemoração aos 60 anos da Novacap em 2016 — órgão ao qual o Pioneiro do Antes, como era conhecido, dedicou grande parte da vida. Foi um dos primeiros a chegar ao Distrito Federal, antes mesmo de Juscelino.


Ao compartilhar as recordações, Sônia espera que o trabalho de Ernesto permaneça vivo na memória do povo do lugar que ele tanto amava.



— Eu sempre digo que ele não deveria ter morrido, porque há tanta coisa que ele precisava passar para os outros, tanto conhecimento, tantas histórias — desabafa, ao recordar as longas conversas com o marido.



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Horas no escritório



Ernesto Silva e Sônia Souto Silva se conheceram em Brasília, na década de 1990, em uma festa no Rotary Club, de onde ele era sócio e ela, funcionária.



— Ele me ensinava muito; sabia muita coisa sobre cada lugar da capital.


O escritório era o cômodo preferido do pediatra. Segundo a viúva, era onde ele chegava a passar mais de seis horas por dia, debruçado sobre livros. A única coisa que se repetia era o amor eterno por Brasília. Em 3 de fevereiro de 2010, depois de complicações em consequência de uma pneumonia, o pioneiro morreu aos 96 anos. Sônia cumpriu o desejo do marido de ser cremado, o que coincidiu com a data em que ele chegou à então futura capital: 5 de fevereiro.


Carioca de Vila Isabel, Ernesto Silva passou metade da vida em Brasília. Entre suas obras, estão a criação da Fundação Hospitalar do Distrito Federal e a construção do Hospital de Base, na época chamado de Hospital Distrital de Brasília.


Via:: R7



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