domingo, 29 de novembro de 2015

Jovem do DF que foi atropelado por ambulância e ficou 28 dias em coma quer se tornar designer

By Do R7






Jovem foi atropelado no Eixão Norte e teve traumatismo no crânio
Reprodução/Instagram



“Só mais um desafio”. São com estas palavras que o estudante de design Flávio Pala define sua situação. Após ser atropelado por uma viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em 2013, os médicos chegaram a dizer que ele ficaria em estado vegetativo. Mas Flávio, que ficou em coma por 28 dias, driblou esta situação e leva a vida normal de um jovem de 22 anos, mesmo que enfrente dificuldade para subir escadas, por exemplo.



O começo de tudo foi no dia 28 junho de 2013. O jovem, que tinha 20 anos, saia de uma universidade particular, onde cursava arquitetura, e ia para a UnB (Universidade de Brasília), local onde também estudava. Ao tentar atravessar o Eixão Norte (Eixo Rodoviário), rodovia do DF, foi atropelado por uma viatura do Samu.



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Traumatismo crânio-encefálico, lesão no cérebro, ossos do tórax quebrados, fraturas de fêmur e escápula, duas fraturas na coluna vertebral e duas fraturas na coluna cervical. Tudo isso era o quadro clínico do jovem, que teve sua vida acadêmica interrompida.



— Não era previsto que eu saísse da cama ou sequer do [estado de coma] coma. Quem dirá voltar para a faculdade.



Hoje, Flávio relata lapsos de memória recente e diz não ter uma coordenação motora tão boa quanto antes do acidente. Ainda assim, esbanja otimismo diz que consigo fazer tudo, mesmo que leve mais tempo que o normal.



— Para mim foi só mais um desafio. Olho para trás e tenho orgulho do que fiz, antes do acidente e na fase de reabilitação. Foi uma importante vitória.



Recuperação



Nesta parte, o carinho dos país entrou em ação. Eles pesquisaram o que poderiam fazer para ajudar na recuperação do estudante. A descoberta de que o primeiro ano era essencial rendeu a contratação de alguns especialistas. Flávio fez fonoterapia, específica para dicção e deglutição, por três vezes na semana; fisioterapia duas vezes por dia; terapia ocupacional e acupuntura duas vezes por semana.



A equoterapia o ajudou a ter estabilidade de volta ao corpo. Leitura também foi uma arma importante para estimular a memória, percepção e até a motricidade na hora de folhear as páginas. O Hospital Sarah Kubitschek também teve papel importante na temporada de recuperação.



— Minha família me acolhei. Todos me conhecem, nunca duvidaram que eu iria me recuperar.



Novo caminho



Aficionado por arte, desenho, música e cor, Flávio contou que não canta tão bem como antes. Mas, ainda assim, resolveu aproveitar suas habilidades e unir o útil ao agradável. Ele, que já tinha sido carnavalesco de uma escola de samba de Sobradinho, decidiu largar a arquitetura e começou o curso de design gráfico. Desta maneira, Pala utilizaria suas habilidades e aproveitaria melhor seu tempo útil.



Já planejando os passos após a formatura, o estudante confessa que gostaria de seguir carreira como designer de mídias sociais. Mais à frente, ele diz que gostaria de utilizar seus conhecimentos em design de moda, vestuário e acessorização, para construir uma marca reconhecida.



Processo arquivado



A partir do boletim de ocorrência, foi instaurado um processo criminal contra o motorista da viatura do Samu. Segundo Flávio, o condutor se mostrou uma pessoa humilde e prestou ajuda. Com a aprovação de seus pais e uma decisão da juíza que cuidava do caso, o processo foi arquivado. Mas a magistrada ressaltou que a situação não inibe o GDF (Governo do Dsitrito Federal) de responder processo pelo atropelamento.


Via:: R7



Jovem do DF que foi atropelado por ambulância e ficou 28 dias em coma quer se tornar designer

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