quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Profissionais e amadores fazem parte da história da Corrida de Reis

Profissionais e amadores fazem parte da história da Corrida de Reis



Prova já reuniu campeões olímpicos e segue como uma das mais tradicionais do país




Brasília (29/1/2015) – Nas nove edições em que faturou a Corrida de Reis, o piauiense Valdenor Pereira dos Santos só tinha olhos para o pórtico de chegada. Os pontos turísticos da capital, vistos por uma perspectiva diferente da de quem passa de carro pela área central da cidade, só foram apreciados por ele bem depois, quando decidiu “curtir” a prova e largar fora do pelotão de elite.



Professor de educação física e morador de Taguatinga, o atleta de 45 anos, que nasceu no Piauí, é um dos milhares de corredores profissionais e amadores que se reúnem, neste sábado (31), às 19 horas, em frente ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, para participar da 45ª edição de uma das mais antigas e tradicionais provas de rua do país.



Criada com o objetivo de trazer à capital atletas de outros estados e corredores internacionais que dias antes vinham ao Brasil disputar a São Silvestre, em São Paulo, a Corrida de Reis (que pode ser completada em 6 quilômetros ou 10 quilômetros) desmistifica a característica de cidade plana de Brasília.



A prova, que já passou pelo Eixo Rodoviário Sul e pela W3, hoje é realizada pelas pistas largas que sobem o Eixo Monumental, passa em frente ao Memorial JK e desce rumo à Esplanada dos Ministérios. Quem opta pelo trecho 10 quilômetros segue pela Catedral de Brasília, volta em frente ao Congresso Nacional em direção ao painel de Athos Bulcão do Teatro Nacional e à antena da Torre de TV, outros símbolos brasilienses, antes da chegada. “Ao passar pelos pontos turísticos, a Corrida de Reis faz uma homenagem a Brasília”, avalia Valdenor.



Histórico
Em 6 de janeiro de 1971, na primeira edição, a largada da Corrida de Reis ocorreu no fim do Eixo Rodoviário Sul, e a chegada, na W3 Sul, em frente à antiga sede da TV Brasília. No trecho de 8 quilômetros, correram 42 atletas – quase metade estrangeiros, como os futuros campeões olímpicos Frank Shorter, dos Estados Unidos, e Lasse Viren, da Finlândia. Naquela época, a organização custeava as despesas dos participantes de fora para trazê-los à cidade. No ano seguinte, a prova foi para a W3 e só tempos depois ganhou o Eixo Monumental.



Em 2011, decidiu-se transferir a data da prova, que sempre havia ocorrido no fim de semana mais próximo de 6 de janeiro (Dia de Reis), para o último sábado do mês. “Era um pedido antigo de quem geralmente estava fora da cidade no início do ano e não conseguia participar”, explica o diretor-técnico da Corrida de Reis, Francisco Xavier.



A Corrida de Reis só perde para a São Silvestre no quesito de tradição. A prova paulistana tem o dobro de idade da brasiliense (90 anos), e, desde o início, serviu de referência para a mais nova.



Mulheres
A participação de mulheres, que hoje dividem a pista com os homens de igual para igual, só começou alguns anos depois da edição inaugural. A primeira representante feminina foi Ana Maíto, que correu sem inscrição em 1976, mas acabou premiada pela ousadia. Oficialmente, as mulheres só foram integrar a Corrida de Reis a partir de 1980 – este ano elas representam cerca de 35% das inscrições, segundo a organização. A maior vencedora de todas as edições é a ex-atleta Carmen de Oliveira, cinco vezes campeã.



Quem está acostumado a correr pelo Parque da Cidade Sarah Kubitscheck ou pelas entrequadras da Asa Norte já deve ter cruzado com Edelswitha Amorim Trindade. Aos 75 anos, Dona Dedé, como é conhecida, tem dezenas de maratonas no currículo – entre provas no Japão, nos Estados Unidos e em países da África, além de inúmeras medalhas e troféus da Corrida de Reis, da qual participa desde 1991. “Da minha faixa etária, não tem pra ninguém”, garante a corredora, que treina pelo menos cinco vezes por semana.



Via:: df.gov.br



Profissionais e amadores fazem parte da história da Corrida de Reis

Nenhum comentário:

Postar um comentário