sexta-feira, 24 de abril de 2015

Hemocentro conscientiza doadores fenotipados de sangue

Hemocentro conscientiza doadores fenotipados de sangue



Fundação mantém cadastro de pessoas que podem ser chamadas para atender casos específicos de transfusão




Desde 1994, quando doou sangue pela primeira vez, Carlos Alves Moreira estima ter repetido o ato mais de 70 vezes. “Senti que o meu sangue é importante”, conta, ao lembrar a sensação de mais de duas décadas atrás. Hoje, o serralheiro de 40 anos está entre os 3,5 mil doadores fenotipados cadastrados pela Fundação Hemocentro de Brasília. A lista inclui pessoas que doaram pelo menos três vezes — uma delas ao longo dos últimos 12 meses — e tiveram o sangue analisado minuciosamente.


Fenotipar o sangue de doadores frequentes significa identificar mais características além dos conhecidos subgrupos ABO e fator Rh — que, juntos, formam o popularmente chamado tipo sanguíneo, como AB positivo ou O negativo, por exemplo. Ao fazer isso, o hemocentro confere mais segurança às transfusões para pacientes com doenças hematológicas (do sangue).


“Para pacientes com anemia falciforme ou talassemia, por exemplo, que recebem sangue ao longo de toda a vida, muitas vezes mensalmente, é preciso saber dos menores detalhes e ter um histórico bem conhecido do doador”, destaca o médico Rodolfo Duarte, gerente do Ciclo do Doador, da Fundação Hemocentro de Brasília. Segundo ele, essa análise mais aprofundada visa garantir a precisão e a qualidade do sangue que vai para o paciente, de forma a evitar reações adversas.


Orgulho
“Eu me sinto ainda mais orgulhoso de ser um doador fenotipado, porque sei que o meu sangue vai ser escolhido especialmente para ajudar uma pessoa”, comemora Moreira. Ele e outros cerca de 150 doadores participaram do 1º Encontro de Doadores Fenotipados, nesta sexta-feira (24), na sede da Fundação Hemocentro de Brasília, no Setor Médico-Hospitalar Norte. O objetivo do evento — promovido pelo Núcleo de Captação, Registro e Orientação e pelo Laboratório de Imuno-hematologia, ambos do hemocentro — foi explicar ao grupo a importância de atender aos chamados da instituição e agradecer as doações frequentes.


“Quando o doador fenotipado recebe uma ligação, já existe um paciente internado ou com previsão de internação que depende especificamente daquele sangue para garantir o tratamento. Caso não tenhamos nenhuma bolsa específica no estoque, a gente liga para o doador fenotipado e pede a gentileza de comparecer para salvar mais uma vida”, detalha Duarte, que prevê mais encontros de conscientização no futuro.


Embora o número de doadores fenotipados seja suficiente para suprir a demanda da rede de saúde pública, o gerente do Ciclo do Doador ressalta a importância de reforçar os bancos do Hemocentro: “Quem doa sangue de forma regular contribui para que tenhamos os estoques necessários para atender todos os hospitais de Brasília, que é a nossa tarefa, mas também se habilita a ser um doador fenotipado, para aqueles casos mais graves em que a vida e a saúde dos pacientes dependem desses sangues específicos.”


Requisitos
Para doar sangue, é necessário pesar mais de 50 quilos e ser maior de 18 anos. Adolescentes a partir de 16 anos também podem doar desde que estejam acompanhados por um responsável legal. Para todos os casos, exige-se estar em boas condições de saúde e não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação. Os demais pré-requisitos podem ser conhecidos no site da Fundação Hemocentro de Brasília.



Via:: df.gov.br



Hemocentro conscientiza doadores fenotipados de sangue

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