domingo, 28 de fevereiro de 2016

Neste ano, 45 animais foram atendidos no hospital veterinário do Zoológico de Brasília

Neste ano, 45 animais foram atendidos no hospital veterinário do Zoológico de Brasília



Um dos pacientes foi um lobo-guará com acúmulo de sangue na orelha




Correção estética e funcional. Esse foi o tratamento recebido pelo lobo-guará Orelha no Hospital Veterinário do Jardim Zoológico de Brasília em janeiro deste ano. Com oto-hematoma (acúmulo de sangue na orelha, causado por um rompimento de vaso sanguíneo), o animal teve que ser atendido para a retirada do excesso do líquido.


“Vimos que a orelha do animal estava pendente, inchada, e ele balançava muito a cabeça”, explica o diretor do hospital, Rafael Bonorino. “Precisávamos fazer a cirurgia corretiva e verificar se não havia risco de infecção.”


O lobo-guará foi entubado, anestesiado e teve batimentos cardíacos e respiração monitorados durante todo o procedimento, que durou 30 minutos. Após três semanas em recuperação, voltou há um mês para o recinto na área de mamíferos e passa bem.


Orelha tem cerca de 9 anos e é um dos 45 animais do zoo atendidos pelo hospital veterinário neste ano. A unidade oferece atendimento em clínica médica, cirurgia, radiologia e laboratório. Há ainda parcerias para serviços como acupuntura e laser terapia (tratamento que ajuda na reabilitação de animais com lesões), feitos por meio de cooperações técnicas espontâneas e gratuitas com especialistas privados.


Soro
A história do lobo-guará com a unidade teve início em 2008, quando ele foi resgatado pela Polícia Militar Ambiental do DF e levado ao hospital veterinário para tratamento. Apresentava uma lesão na orelha direita e problemas no tórax por causa de um tiro, e também estava com anemia e debilitado, com costelas à mostra.


O tratamento envolveu procedimentos como transfusão de sangue, injeção de soro e melhorias na alimentação. “Pode ser que nessa época, pelo tiro e debilitado, ele não tenha conseguido se alimentar normalmente, e uma coisa vai agravando a outra. O conjunto de fatores poderia ter levado o animal ao óbito”, detalha o diretor do hospital.


O zoo solicitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a incorporação de Orelha por dois motivos: por ele ter se acostumado ao ser humano devido ao tratamento e para renovar geneticamente o plantel de lobo-guarás da fundação, que, na época, estava baixo. Atualmente, ele é um dos 196 mamíferos do local.


“O visitante vê lazer, mas o intuito é também conservação, pesquisa e educação”. Essas vertentes, de acordo com Bonorino, englobam programas específicos para estudantes e pessoas com deficiência e ainda a conservação de animais que podem entrar ou entraram em extinção e o estudo de doenças e de aspectos alimentares e fisiológicos, por exemplo.


Hospital
O Hospital Veterinário do Jardim Zoológico de Brasília existe desde 1979. A equipe é composta por dois veterinários, dois tratadores de animais e cinco residentes.


Não são atendidos bichos da comunidade em geral, apenas os do próprio local e, eventualmente, os de vida livre que habitam áreas ecológicas vizinhas e os que são resgatados por órgãos públicos da área ambiental.


Em 2015, passaram pela clínica 400 animais em média. Em 2016 foram 60 (45 do próprio zoológico). Nos dois casos, a maior parte deles veio do plantel do zoo.


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Via:: df.gov.br



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