quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Médica posta foto no Facebook que mostra falta de anestesia em hospital público do DF

By Do R7






Segunso médica, o estoque de medicamentos do Hospital de Samambaia para o plantão de terça-feira contava com apenas dois frascos de anestesia
Reprodução/ Facebook



Uma médica do HRSAM (Hospital Regional de Samambaia), no Distrito Federal, fez um desabafo sobre a grave crise na rede pública de saúde. A cirurgiã – geral Rosana Galletti postou em uma rede social uma fotografia com dois frascos de anestesia. Na legenda, ela diz que aquele é o estoque disponível para o plantão da noite de terça-feira (20).



— 2 vidros de anestésico! É o que temos para hoje para o plantão de cirurgia geral no Hospital de Samambaia! Mas quem toma multa somos nós, médicos!



Na frase final, a médica se refere a determinação da Justiça do DF, que declarou a ilegalidade da categoria, que chegou ao fim nessa terça-feira (20) após quatro dias, e decretou multa de R$ 80 mil por dia em caso de descumprimento.



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O movimento foi motivado por falta de acordo entre governo e servidores da saúde sobre o pagamentos de direitos trabalhistas atrasados, como 13º, horas-extras e benefícios. O governo propôs o parcelamento das dívidas até junho, mas médicos, paramédicos do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e outros trabalhadores recusaram a proposta.



Além dos movimentos grevistas, o sistema de saúde do DF passa por grave crise por falta de insumos e medicamentos. Na segunda-feira (19) o governador Rodrigo Rollemberg decretou emergência no setor para facilitar a compra de material em falta e firmar convênio de cooperação com o Ministério da Saúde. Nesta semana, o GDF repassou R$ 10 milhões aos hospitais para amenizar os problemas.



Um relatório do TCDF (Tribunal de Contas do Distrito Federal) confirma o caos. Os conselheiros constataram que 64% das solicitações de internação em UTI’s (Unidades de Terapia Intensiva) em 2013 não foram atendidas e os pacientes que conseguiram acesso aos leitos tiveram, em sua maioria, internação tardia (em um prazo maior que o recomendado pela literatura médica). Também foi verificada a demora no transporte e no processo de classificação de pacientes gravemente enfermos, o que acarreta o aumento do risco de morte.



Em nota, a Secretaria de Saúde reconhece que os resultados apontados no relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal correspondem à realidade vivida pela rede e informa que a atual gestão está trabalhando, “incansavelmente”, para garantir que este quadro, que requer bastante atenção, seja revertido



Via:: R7



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