By Mariana Londres, do R7, em Brasília
Correligionários do PT durante evento: partido encolheu na Câmara
Divulgação/PT
Os dez maiores partidos da Câmara após eleição de 2014 e o recém criado PMB, que já figura entre os maiores
R7
Em pouco mais de um ano, do resultado das eleições de outubro de 2014 até esta quarta-feira (3) a bancada do PT na Câmara dos Deputados sofreu uma redução de 12% e voltou aos níveis de 1998, quando o País era governado por Fernando Henrique Cardoso e o PT, partido de oposição, tinha 59 cadeiras na casa.
Dos 68 deputados eleitos pelo PT em 2014, 60 exercem atualmente mandato na Câmara. Os motivos da debandada são: migração para outros partidos (4) e licenças de deputados para ocupar cargos no governo federal ou nos Estados (9), o que mexe com todas as bancadas, que ganham e perdem deputados, já que é comum os suplentes serem de outras legendas.
O levantamento foi feito pela reportagem do R7 nos arquivos da Câmara dos Deputados.
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A maior parte dos deputados que deixaram o PT migraram para o recém-criado PMB (Partido da Mulher Brasileira), que obteve o registro do TSE no final de setembro do ano passado. Com a ajuda do PT, o caçula dos partidos se tornou o nono maior da Câmara, com 21 deputados. Dos 21, três deixaram o PT: o mineiro Weliton Prado e os paranaenses Assis do Couto e Toninho Wandscheer.
O PMB, recebeu ainda deputados do PROS, incluindo o líder do partido Domingos Neto, do Ceará e de outras nove legendas: PSDC, PRP, PV, PTB, PTC, PMN, SD, PDT e PMDB. Apesar de ser o Partido da Mulher Brasiliera, o PMB tem apenas uma deputada, a mineira Dâmina Pereira.
A Rede, fundada por Marina Silva, também atriu um deputado petista, o carioca Alessandro Molon, que trabalhou pelo partido do governo para aprovar o Marco Civil da Internet.
Além dos dissidentes, o PT tem deputados licenciados, como o mineiro Patrus Ananias, que é ministro do Desenvolvimento Agrário, e dois suplentes que não exercem mandato. Das licenças, cinco foram preenchidas por deputados de outros partidos e o PT ganhou uma cadeira com a suplência da vaga deixada pelo atual ministro do Esporte, George Hilton, do PRB.
Com isso, o PT volta ao estágio de 1998, quando ainda era oposição e não tinha a força do legado de Lula. Ao chegar à presidência em 2002 o PT praticamente dobrou de tamanho, foi de 59 deputatos em 1998 para 91 em 2002. De 2002 até 2010 o partido manteve um número alto de deputados na casa até sofrer uma queda brusca de 2010 a 2014, no rastro da recessão econômica que já dava sinais. Em um ano, a desitração se acentuou e o PT perde a primeira posição de maior bancada na Câmara para o aliando PMDB, hoje com 67 cadeiras.
Oposição
Ao longo dos quase vinte anos que separam 1998 a 2016, outros partidos também tiveram quedas importantes nas suas bancadas. No segundo mandato do tucano FHC era natural que o seu partido fosse uma das maiores bancadas, em 1998, com 99 deputados. Hoje o PSDB conta com 53 deputados no exercício do mandato. O partido só era superado em 1998 pelo aliado PFL (hoje DEM), que tinha 105 cadeiras em 1998 e hoje é a nona maior bancada, empatada com o PMB.
Via:: R7
Bancada do PT na Câmara encolhe 12% em um ano e volta a tamanho do pré-Lula
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