quinta-feira, 30 de julho de 2015

Mais de 22 mil pessoas vivem de economia criativa em Brasília

By Do R7, com Agência Brasília






As informações fazem parte de um estudo baseado em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, e apresentado nesta quinta-feira (30), no auditório da Codeplan
Mary Leal/Agência Brasília



Os profissionais que têm a criatividade como principal elemento para a produção de bens e serviços correspondem a 1,5% dos empregados formais de Brasília e somam 22,6 mil pessoas. Dentre os setores que fazem parte dessa concepção estão os ligados à produção artística — como música, dança, teatro e ópera —, expressões ou atividades relacionadas às novas mídias — startups, cinema e televisão —, à produção de conteúdo — jornalismo, por exemplo —, à arquitetura, aos games e à moda. Todos esses modelos de negócios ou gestão fazem parte da economia criativa.



As informações fazem parte de um estudo baseado em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, e apresentado nesta quinta-feira (30), no auditório da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal). O presidente da empresa, Lucio Rennó, afirma que a pesquisa traz um mapeamento com impacto relevante.



— Com os números em mãos, poderemos fortalecer o setor e movimentar ainda mais a economia criativa da capital.



O secretário de Cultura, Guilherme Reis, acredita que a quantidade de profissionais da área cultural que fazem parte desse segmento econômico é muito maior do que o estimado. Isso porque muitos deles trabalham na informalidade ou mesmo fora da área profissional — o estudo leva em consideração apenas os formais.



— Somente 0,49% do orçamento vai para a cultura, o que não corresponde à realidade.



Segundo ele, o levantamento pode fazer com que não só o governo, como também a sociedade em geral, valorize mais o setor. A ideia é que esse e outros trabalhos subsidiem a implementação de políticas públicas voltadas ao tema.



— Os moradores de Brasília têm muito potencial de criatividade nas artes e na biodiversidade, mas precisam de mais atenção — destaca a coordenadora da Unidade de Economia Criativa da Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Teresa Cristina Oliveira.



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Além disso, a alta qualificação da mão de obra, a renda per capita da população e a forte influência política na capital são ressaltadas pela coordenadora como características fundamentais no desenvolvimento da economia direcionada ao conhecimento.



Dados



A informação e a comunicação foram as atividades que apresentaram maior participação nos empregos do setor criativo da capital. Dados de 2013 do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que existem 10.067 empregados formais no ramo, número que representa 40% da mão de obra. Foram registrados 3.917 empregos em rádio e televisão; 2.383 ligados à edição integrada e à impressão; 2.166 em prestação de serviços de informação; 801 ligados a atividades cinematográficas e 800 nas telecomunicações.



As áreas científicas e técnicas aparecem em segundo lugar, com 5.680 empregos, concentrados na publicidade, na pesquisa de mercado e no desenvolvimento científico. Segundo o estudo federal, a forte inclinação do setor justifica-se pela elevada oferta de doutores em Brasília.



— Temos várias instituições voltadas a esse segmento, como a Universidade de Brasília e a Fundação Oswaldo Cruz — exemplifica Teresa Cristina.



Os setores que fazem parte da economia criativa apontados como os mais promissores da capital são o turismo patrimonial, urbanístico, arquitetônico e paisagístico, ecológico e cívico; as artes visuais e performáticas; a mídia; os serviços criativos e de produção de conteúdo; e o os de pesquisa e desenvolvimento.


Via:: R7



Mais de 22 mil pessoas vivem de economia criativa em Brasília

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