sexta-feira, 31 de julho de 2015

Transexual de Brasília luta para conseguir cirurgia de retirada de mamas

By Fred Leão, do R7






Identidade masculina foi assumida totalmente por Miguel há um ano, mas ele conta que tem consciência de que não era satisfeito com o gênero de nascença desde a adolescência
Arquivo pessoal



Em um caminho de autoconsciência e mudança de identidade sexual, assim como o que foi seguido pela atriz Thammy Miranda, o transexual Miguel Haru Acioli, de 31 anos, morador do Distrito Federal luta para conseguir uma cirurgia de retirada das mamas. O procedimento é o mesmo feito pela atriz. Mas, no caso do designer gráfico do DF, há alguns entraves. A batalha de Acioli é que o plano de saúde cubra a cirurgia, que em Brasília é feita por um único médico.



O problema, segundo o designer, é a enorme burocracia para conseguir com que seu plano pague pela cirurgia: ele precisa apresentar laudo psiquiátrico e pedido médico emitido por um cirurgião. Uma advogada tenta na Justiça fazer com que a cirurgia seja custeada pelo plano de saúde de Miguel.



— A cirurgia mais urgente pra mim, nesse momento, é a mamoplastia (retirada das mamas). É o que mais me incomoda.



Quanto à cirurgia de mudança de sexo, a faloplastia, o designer vai esperar mais um tempo para fazer. Antes, ele vai passar também por uma operação para retirada de ovários e útero. O tratamento hormonal, que dá mais características físicas masculinas, foi iniciado há seis meses.



A identidade masculina foi assumida por Miguel há um ano, mas ele conta que tem consciência de que não era satisfeito com o gênero de nascença desde a adolescência.



— Antes eu tratava [a personalidade masculina] como um alter ego, mas era a mais pura realidade. Minha imagem masculina era misturada com a feminina desde a adolescência. Eu era andrógino e usava roupas masculinas misturadas às femininas.



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Ele conta que a força para assumir sua sexualidade veio de um amigo, também transexual. Foi quando ele sentiu que “era meu caminho”. Um dia, ele teve uma espécie “ataque de frente ao espelho” e decidiu começar o processo de transgeneralidade.



Outro processo enfrentado por Miguel é o da utilização do nome social, pois, em seus documentos pessoais, ainda consta o nome feminino. Ele deu entrada na documentação neste mês, mas ainda não há previsão de quando será concluído.Atualmente ele está casado, mas espera o trâmite de sua mudança de nome para registrar a união em cartório.



Um drama recorrente para pessoas transexuais, o preconceito, principalmente em casa ou no círculo de amigos não é uma questão difícil para Miguel.



— Sou um cara de sorte. Eu tenho a maior parte da família ao meu lado. Tem apenas um ou outro na família que não se esforçaram nada pra entender o que está acontecendo. Quase todas as pessoas trans que conheço perderam pessoas do hall de amizades, perderam contato com pessoas da família, o que não aconteceu comigo.


Via:: R7



Transexual de Brasília luta para conseguir cirurgia de retirada de mamas

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