Aplicativo mostra pessoas que falam o mesmo idioma próximo ao usuário
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Bicicleta com Açaí Artesanal vai percorrer principais pontos de concentração de torcedores durante os jogos da Copa
Paulo Mondego / R7
A poucos meses do evento esportivo mundial mais aguardado pelos brasileiros, moradores de Brasília pretendem aproveitar a data para ganhar uma grana extra durante a Copa do Mundo. As ideias são diversas e revelam a criatividade do brasiliense. Embora não exista garantia de retorno, eles acreditam que podem conseguir um bom lucro durante os sete dias em que Brasília sediará jogos do mundial.
Uma das apostas é o serviço de hospedagem. Com os preços elevados das diárias, muita gente procura uma alternativa segura e confortável para vir assistir aos jogos do mundial.
O médico veterinário Gustavo Carvalho anunciou a própria casa para aluguel durante a temporada. Ele mora com a mulher e o filho em uma casa de 250 metros quadrados no Jardim Botânico, a 18 km do Estádio Nacional. Quem quiser alugar a casa de Carvalho terá que desembolsar R$ 4 mil a diária que inclui três quartos com suíte, alimentação, serviços domésticos e transporte mediante negociação a parte.
— Eu nem sou a favor da Copa por motivos políticos, mas acredito que esse vai ser um momento para lucrar já que os hotéis são caros. Aqui a gente oferece a segurança 24 horas do condomínio fechado. E como vou ficar perto posso controlar como minha casa está sendo usada.
A ideia de Carvalho foi a mesma de um carioca que viaja o mundo inteiro e era perguntado por amigos estrangeiros a melhor forma de se hospedar no Brasil durante a Copa. O supervisor de uma empresa de petróleo Vinícius Silva enxergou nesse setor uma forma de ganhar dinheiro e ajudar as pessoas encontrar hospedagem para família toda. Ele criou o site alugueseuimovelparacopa.com.br e reúne anúncios de todas as capitais que vão sediar os jogos durante o mundial.
Só de Brasília, o site reúne cerca de 60 ofertas de imóveis disponíveis para aluguel de temporada. Os preços são variados bem como os serviços. O que vale mesmo é negociar, conforme explicou Silva.
— A ideia do site surgiu com a proposta de aproximar quem quer assistir aos jogos de forma segura e com a família e quem tem a disponibilidade de alugar seu imóvel. O site é apenas um meio do anunciante e o interessado de negociarem o aluguel. Para mim o lucro está no anúncio que custa R$ 19 para mantê-lo ativado.
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E as idéias não param por ai. Há cinco meses, o produtor de eventos Martin Barreiro se juntou ao amigo Dudu Aire e abriu uma loja de produção de açaí. Em uma loja na quadra 311 da Asa Norte, eles produzem o produto 100% natural importado do Pará. Para a Copa, a dupla já fez todo um planejamento para conquistar o público geração saúde, conforme explicou Martin.
— Nós já temos uma bicicleta com a qual fazemos entregas aqui nas proximidades e em eventos também. Para a Copa, vamos comprar mais duas bicicletas para circular nas proximidades dos jogos e vender o Açaí Artesanal. Nossa intenção é estar em locais de grande concentração de público nas redondezas do estádio e vender nosso produto que é 100% natural.
Embora ainda não esteja regulamentada a venda de produtos nas proximidades do Estádio Nacional, Martin sabe que terá que obedecer ao regulamento estipulado pela FIFA. Durante a abertura da Copa das Confederações em Brasília, fiscais da Agefis (Agência Fiscalizadora) estiveram no local para coibir a venda de produtos não autorizados. A expectativa é que para a Copa a regulamentação seja feita antes dos jogos com autorização específica.
Já para o especialista em startups (iniciar empresas colocá-las em funcionamento) Antônio Ventura, a tecnologia foi a melhor forma de desenvolver um serviço para turistas durante a Copa. Ele criou o aplicativo para celular Oi Turista com o objetivo de facilitar a vida de estrangeiros que vem a Brasília.
O aplicativo mostra dentro de um raio as pessoas que estão próximas e que falam a mesma língua. A ferramenta possibilita ainda que o participante indique lugares de interesses, além de manter conversa instantânea. O aplicativo usa informações do perfil no Facebook para fazer o cadastro dos participantes e pode ser baixado de graça. Mas o objetivo do inventor é se tornar uma plataforma com um grande cadastro de pessoas no mundo inteiro, conforme explicou Ventura.
— Nós testamos o aplicativo durante a Copa das Confederações. Agora durante a Copa do Mundo será outra oportunidade para aumentarmos a popularidade e o número de cadastrados do mundo inteiro. Nosso objetivo é que com as Olimpíadas consigamos estabelecer uma rede mundial de cadastros com pessoas trocando informações o tempo todo.
Mas será preciso muita disposição para manter as ideias após o fim da Copa do Mundo. De acordo com a gerente do Sebrae-DF, Cristina Vieira, só permanecerá no mercado quem continuar a oferecer um bom serviço ou produto. E o setor de turismo é o mais proeminente neste caso.
— A gente percebeu que os produtos e serviços relacionados ao turismo serão os mais procurados durante o Mundial. Por isso tem muita gente se preparando para isso. Mas só permanece no mercado quem garantir e manter a qualidade do produto ou serviço. E isso exige conhecimento e planejamento.
Via:: R7
De olho na Copa, brasilienses inventam formas criativas para ganhar dinheiro durante o mundial
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