Casos são solucionados com a ajuda de helicópteros e aviões do Corpo de Bombeiros, corporação que completa 51 anos no DF na quinta-feira (2)
De janeiro a junho deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal registrou 294 incêndios florestais. Na mesma época de 2014, foram computados 891 casos. Condições meteorológicas influenciaram essa queda no número, de acordo com o comandante do Grupamento de Proteção Ambiental, tenente-coronel Gláuber de la Fuente. “Em 2015, a alta umidade prorrogou o início da estiagem para junho, fazendo com que houvesse menos casos de incêndio florestal; em 2014, a escassez de chuvas começou em maio.”
É no período da seca que o trabalho da corporação — existente em Brasília há 51 anos, completados neste mês — com esse tipo de ocorrência ganha mais visibilidade. E, para conseguir melhores resultados, as equipes trabalham de maneira integrada. O Grupamento de Aviação Operacional, por exemplo, apoia as atividades realizadas pelo de Proteção Ambiental, como o combate aos incêndios florestais.
Uma das unidades do grupamento é o 2º Esquadrão de Aviação Operacional, comandado pelo major Norberto Pimentel. De acordo com ele, quando recebidas por meio do número 193, as ocorrências são repassadas a um militar que coordena as operações desse tipo. Em meados de agosto e início de setembro, período crítico da seca, chega-se a ter de 60 a 70 acionamentos. “Esse bombeiro tem acesso a informações sobre efetivo, equipamentos, viaturas e aeronaves disponíveis; diante do cenário, direciona os recursos para o atendimento”, detalha.
O grupamento conta com aeronaves que podem ser usadas de diversas maneiras. Os helicópteros, dependendo do modelo, comportam no cesto até 800 litros de água e levam a locais de difícil acesso os militares que atuam em terra. “Muitas vezes, eles teriam de caminhar até uma hora para chegar a um foco de incêndio; o helicóptero, em pouco tempo, coloca esse pessoal lá; é uma ajuda valiosa.”
Quanto aos aviões, há o que ajuda no monitoramento das ações e aqueles que transportam até 3,1 mil litros de água. Nesses, com a ajuda da tecnologia, o líquido pode ser usado de forma gradual. “São possíveis múltiplos lançamentos, de acordo com a necessidade da ocorrência; isso otimiza a carga de água”, destaca Pimentel, na corporação há 17 anos e piloto desde 2007.
História
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal comemora 159 anos de criação e 51 de existência em Brasília. A história no Brasil teve início em 2 de julho de 1856 e, no Planalto Central, em 2 de julho de 1964, quando vieram do Rio de Janeiro dois oficiais que coordenaram a implantação.
Salas no Complexo da Academia de Bombeiro Militar, no Setor Policial Sul, guardam materiais que remetem ao passado, como uma farda de 1970 e uma publicação da época dos 50 anos da corporação no Brasil. O local é aberto ao público e tem outros itens, como livros, manuais, miniaturas, extintores e capacetes. “Todos são muito bem-vindos a esse espaço, que preserva nossa história e mantém nossa cultura”, convida o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF, coronel Hamilton Santos Esteves Junior. Visitas devem ser agendadas pelo 3901-8780, de segunda a sexta-feira, das 14 às 18 horas.
Quem cuida do acervo é o major Nilo de Abreu. Ele entrou na instituição em 1968 e é da primeira turma da escola de formação de oficiais em Brasília. Com 68 anos, ministra aulas desde 1972 no Complexo da Academia. “Um povo sem história não tem futuro”, lembra o major, que atualmente coordena uma publicação sobre a história do Corpo de Bombeiros em Brasília.
O lançamento do livro faz parte da programação de aniversário, que vai até novembro e inclui uma exposição no Boulevard Shopping, na Asa Norte, até este domingo (5). Além de fotos e materiais de uso dos militares, o evento conta com apresentações da banda de música do Corpo de Bombeiros, oficinas de primeiros socorros e passeios em viaturas.
Acesse a programação completa do aniversário do Corpo de Bombeiros Militar do DF.
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Via:: df.gov.br
Apoio aéreo no combate a incêndios florestais
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