quinta-feira, 2 de julho de 2015

Após saber de vídeos com agressões a alunos, pai tenta agredir diretora de escola do DF

By Do R7






Homem, que estava com capacete na mão, foi contido por policiais
Reprodução/TV Record



O pai de um estudante do Colégio Ipê, que está no centro de suspeitas de maus tratos a crianças, ficou descontrolado após ver um vídeo que mostra professoras da unidade de ensino agredindo dois alunos. Irritado, o homem tentou agredir a diretora. Imagens de um vídeo, divulgado com exclusividade pela TV Record, mostram a exaltação do pai.



Com um capacete na mão, ele tenta furar um bloqueio feito por policiais militares e agredir a diretora com o objeto. O caso ocorreu quando ele e outros pais de crianças que estudam na instituição participavam de uma reunião com os responsáveis pelo colégio. O advogado da escola, Marcellos Martins, afirma que o homem estava “desinformado”.



— A nossa diretora, que é uma senhora com mais de 40 anos de magistério, de experiência na direção de escolas, com mais de 60 anos de idade, foi subitamente agredida por um pai que “tava” desinformado e que o filho ou a filha não têm vinculação com o nível de escolaridade aonde aconteceu ou supostamente aconteceu esse episódio. Isso é lamentável porque eu acho que o diálogo tem que prevalecer sempre.



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Um pai, que não quis se identificar disse que notou mudança de comportamento no filho que estuda na escola.



— Você começa a perceber algumas palavras que você não ensina, que não fazem parte do seu vocabulário dentro de casa. Meu filho um dia me mandou calar a boca, meu filho um dia me disse que estava com medo, meu filho voltou a esconder o “xixi” dele, não contava que tinha feito “xixi”, ele começou a regredir em algumas coisas, se tornou uma criança agressiva com pessoas carinhosas.



Após saber dos casos de agressões na escola, o homem retirou o filho da unidade de ensino. Nesta quinta-feira (2), 40 pais de alunos da escola registraram ocorrências individuais contra a escola, protocolaram queixas no Conselho Tutelar e pediram investigação ao Ministério Público.



Entenda o caso



Vídeos compartilhados no facebook mostram agressões físicas e verbais contra uma criança. Nas imagens, as educadoras seguram com força e chacoalham os braços de um menino, enquanto tentam colocar algo na boca dela. Para a autora das filmagens, as crianças falam que o menino “é o mais desobediente que já viram”.



Em outro vídeo compartilhado por redes sociais, é possível ouvir funcionárias impacientes com um menino que urinou nas calças. Elas dizem que ele está com “fedorzão de xixi” e, enquanto ele começa a chorar, as educadoras ameaçam tirar a roupa dele e forçá-lo a andar pelado pela sala de aula, caso urine novamente. Nessa quarta-feira (1), o colégio anunciou a suspensão das professoras que aparecem nas imagens.



Após a divulgação dos vídeos, a mãe de uma ex-aluna do Colégio Ipê revelou que agressões a estudantes já acontecem há pelo menos três anos. Em 2012, sua filha, com quatro anos na época, sofreu constrangimento e chegou a ser ferida por uma educadora. A mãe da criança, que pediu para não ser identificada, conta que as desconfianças dos maus tratos começaram depois que outra mãe entrou em contato para relatar uma mudança de comportamento da filha.



Ao apurar o caso, a mãe notou que a filha apresentava uma mancha arroxeada e marcas de uma mão no braço. Para a mulher, a criança não relatou as agressões, mas contou o caso com detalhes para um agente da Polícia Civil. Segundo a criança, os estudantes saíram de uma aula de Judô e eram obrigados a formar uma fila. Ao desobedecer a ordem da professora, ela foi levantada pelo braço e chacoalhada.



A professora ainda teria dito que ela ficaria na “sala dos bebês”, já que ela se comportava como um bebê. A mãe diz que que a polícia encarou a história como verdadeira pelos detalhes relatados pela criança.



— O agente pediu para ouvir a minha filha e ela contou com muitos detalhes o que tinha acontecido, o local, a forma como a professora fez com ela. Ela chegou a imitar a voz da professora, a forma como ela falou. O próprio agente afirmou que não teria como uma criança inventar aquela história.



Após os relatos da filha, a mãe recebeu informações de outras mães, que dizem ter ouvido dos filhos queixas semelhantes, de agressões físicas e verbais. O inquérito que apura o caso foi concluído pela Polícia Civil e a professora foi indiciada por maus tratos. Atualmente, a mulher responde a um processo penal, que está em andamento.



Assista ao vídeo:



Via:: R7



Após saber de vídeos com agressões a alunos, pai tenta agredir diretora de escola do DF

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