Com autorização da Justiça do DF, rapaz em tratamento para transplante de pulmão consegue embarcar em voo

By Do R7

Everton viajou na noite desta quinta-feira, acompanhado da mãe
Reprodução/TV Record

Depois que o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) decidiu liberar a viagem de Everton Camilo da Silva, 32 anos, que teve as passagens pagas pelo GDF (Governo do Distrito Federal) para realizar um exame em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o rapaz embarcou na noite desta quinta-feira (2) e já está na cidade, onde realiza os exames.

Everton tem Fibrose Cística, uma doença que causa o acúmulo de muco nos pulmões, e precisa, com urgência, ser submetido a um transplante de órgão. Contudo, a empresa aérea Gol não tinha permitido o seu embarque e, sem a decisão desta quinta-feira, Everton poderia perder a viagem que lhe garantirá a entrada na fila de espera para um novo pulmão.

— Depois de tantos problemas, agora eu vou conseguir fazer os exames.

A decisão do TJDFT foi baseada em um relatório do Hospital de Base de Brasília, que atesta que Everton se apresenta estável e apto para o transporte aéreo sob utilização de cateter nasal de oxigênio a 31/min. Em nota enviada nesta quinta-feira (2) ao R7 DF, a Gol afirmou que Everton “não apresenta as condições físicas necessárias para viajar em segurança”. Contudo, o tribunal contestou a informação.

No processo consta que “ainda que o transporte representasse risco de agravamento clínico” de Everton, “a médica que o acompanha no Hospital de Base do Distrito Federal emitiu relatório médico autorizando o voo pretendido e indicou necessidade do transporte para o Hospital da Santa Casa de Porto Alegre, onde será submetido a avaliação médica no próximo dia 03. Assim, a recusa da companhia apresenta-se destituída de fundamentos”.

Everton conta que descobriu a doença ainda criança e que sempre fez tratamento. Mas, com o passar dos anos, os sintomas têm piorado e só o transplante de pulmão poderá resolver o seu problema. Aposentado, o rapaz recebe R$ 900 mensais, valor insuficiente para o tratamento.

— Para entrar na fila [do transplante], eu tenho que fazer essa avaliação no Rio Grande do Sul. Depois que conseguir, vem outro processo, eu vou ter mudar para lá e ai tenho outro problema: o governo tem que custear moradia, alimentação e eles não estão querendo nem me dar o oxigênio que o GDF me dá. O aluguel do aparelho custa R$ 380, fora as recargas. Estamos tentando de tudo, minha mãe está desempregada e eu não tenho condições, sou aposentado mas não dá para custear o tratamento todo.

Via:: R7

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