By Do R7
Vítimas e suspeito já prestaram depoimento para a Polícia do DF
Reprodução/TV Record Brasília
O suspeito de aplicar o Golpe do Sexo em mulheres do Distrito Federal decidiu quebrar o silêncio e contar como funcionava o esquema. Em entrevista exclusiva ao Balanço Geral, da Rede Record Brasília, ele relatou que usava os nomes Saimon e Marcelo Hulk, oferecia R$ 3 mil para gravação de cenas de sexo e, depois, compartilhava na internet. Um falso depósito era feito para que as garotas caíssem no golpe a aceitassem fazer o filme. Só depois elas descobriam que o envelope do depósito estava vazio. Contudo, o suspeito nega que tenha cometido um crime.
— A minha imagem também foi exposta, não só a das meninas. Eu acredito que fiz algo errado sim, mas a ponto de cometer um crime? Isso não. Era uma peça, uma brincadeira.
Segundo ele, nos encontros marcados com as jovens, eram feitas gravações e fotos íntimas para serem compartilhadas em um grupo nas redes sociais.
— [As imagens] eram compartilhadas somente dentro do grupo. Nunca postei em redes sociais ou sites pornográficos. Eu com certeza estou [arrependido], porque não só a imagem delas mas a minha também foi exposta. Eu também tenho família, eu também tenho amigos, então o constrangimento foi o mesmo em ambas as partes. Não gostaria que tivéssemos passado por essa situação.
Quatro jovens foram à policia do DF para denunciar o Golpe do Sexo. Uma das mulheres que garante ter sido enganada pelo homem conta que, após ter a intimidade exposta, não consegue mais andar nas ruas e sua vida está devastada.
— A minha vida toda mudou completamente por causa disso. Eu confiei nele porque foi uma amiga que me apresentou e ele disse que [o vídeo] era para ele, porque seria uma fantasia dele. Disse que era só para ele ficar olhando. Quando vi que o dinheiro não estava na conta, eu tive a certeza de que era um golpe.
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Outra vítima conta história parecida, diz que recebeu uma proposta financeira para gravar cenas de sexo para uso próprio. Ela conta que o homem tinha até comprovante do deposito: R$ 3 mil na conta de uma amiga de uma das vítimas. Mas tudo não passava de fraude, já que o envelope era depositado sem o dinheiro, completamente vazio.
— Ele pediu para eu fazer esse vídeo, disse que tinha me achado bonita e eu tinha chamado atenção dele. O valor total do vídeo era de R$ 6 mil porque tinha que ter uma outra menina e era R$ 3 mil para cada uma.
O delegado da Polícia Civil do DF, Fernando Fernandes, responsável pelo caso, conta que sentiu bastante “firmeza” no depoimento do suspeito. Mas, ainda assim, as informações serão confrontadas com as denuncias
— Vamos ouvir outras pessoas que participava desses grupos e que ele também vai indicar para que sejam ouvidos aqui na delegacia. Se comprovar a versão do rapaz, ele não deverá ser indiciado. Porém, se não se comprovar, ele poderá responder por crime de difamação bem como o crime de violação sexual mediante fraude.
Assista o vídeo:
Via:: R7
Suspeito de aplicar "Golpe do Sexo" em mulher do DF revela como funcionava o esquema
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