By Do R7
Os professores do DF já tinham cruzado os braços na última quinta-feira (24), em outro protesto contra o GDF, no Palácio do Buriti
Divulgação/Sinpro-DF
A diretoria do Sinpro-DF (Sindicato dos Professores do Distrito Federal) convocou uma paralisação “em caráter de urgência”, nesta terça-feira (29), em protesto contra a medida proposta pelo GDF (Governo do Distrito Federal) de remanejar o superávit do Fundo Previdenciário para pagar salários dos servidores públicos.
De acordo com o diretor do Sinpro-DF, Cláudio Antunes, como a paralisação foi pedida ontem a tarde, a adesão ainda não foi completa, e algumas escolas funcionam parcialmente nesta manhã. Ele considera que a medida pode criar um rombo no Iprev (Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal), que só será sentido no futuro.
— Essa proposta esvazia o fundo que vai pagar no futuro a maioria dos servidores. O próprio governo quer criar um rombo no Fundo Previdenciário, e isso não podemos permitir. É preocupante porque o projeto não diz como o dinheiro será gasto, é o governo que fala sobre isso em entrevista, mas vai poder gastar com o que quiser. Eles estão instituindo a má gestão do Iprev.
A Secretaria de Educação do DF afrima que não sabe quais os efeitos da paralisação nas 657 escolas da rede pública de ensino, pois se trata de um chamamento dos professores feito pelo sindicato, de modo que os profissionais estão livres para decidir se aderem ou não ao movimento.
Como a proposta do GDF deve ser votada no Plenário da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal) na tarde desta terça-feira (29), a categoria planeja se reunir em frente ao prédio para pressionar os deputados distritais a derrubar o projeto. Por conta desta mobilização, muitas escolas podem ficar sem professores no período vespertino.
O Buriti defende o PLC 30/2015 (Projeto de Lei Complementar) como forma de manter em dia o pagamento do funcionalismo público do DF. Caso ele seja aprovado, o governo poderá usar parte do superávit dos recursos do Iprev, o que significaria uma economia de R$ 240 milhões por mês, segundo a Cúpula Fiscal do GDF.
De acordo com a presidente da CLDF, Celina Leão (PDT), deve ser aprovada nesta semana a medida que faz parte do ajuste fiscal proposto pelo governador do DF, Rodrigo Rollemberg.
— A casa vai aprovar todos os projetos que não afetem diretamente o bolso do contribuinte. A possibilidade de mexer no recurso do Iprev é um bom exemplo. Fazendo essa operação na CLDF, temos condições de garantir o pagamento do servidor público em dia, o que é muito bom para a economia local.
Via:: R7
Professores do DF fazem paralisação contra remanejamento de fundos previdenciários
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