domingo, 25 de outubro de 2015

Tetolé: picolé feito de leite materno é a aposta das mães do DF para refrescar bebês no calor

By Myrcia Hessen, do R7






O Augusto, de seis meses, faz birra se alguém tomar o tetolé dele
Arquivo Pessoal



As altas temperaturas agoniaram os brasilienses nos últimos dias e, mesmo com o início das chuvas, ainda está difícil suportar o clima seco e quente. Com os bebês não é diferente e as mães ficam preocupadas. Para amenizar essa situação, elas pensaram em algo inusitado: inventaram o tetolé, um picolé feito de leite materno.



Andrea Bastos, mãe do pequeno Augusto, de seis meses, diz que o tetolé fez a alegria da casa nos últimos dias.



— O meu bebê amou. Não diria que funcionou para acabar com o calorão, mas amenizou bastante, do meu ponto de vista.



A mãe do pequeno Theo, Rayana Barros, diz que seu filhote não larga o tetolé dele. Se alguém tirar à força, ele faz uma birra até que a pessoa devolva.



— Nesse calor que está meu bebê merece se refrescar também. Eu só tomo alguns cuidados na hora de fazer: higienizo as mãos, lavo um copo pequeno com água, sabão e jogo água quente. Depois boto uma máscara no rosto, prendo os cabelos, ordenho meus seios e coloco no congelador. Quando congela, dou para ele e vira uma festa só.







Especialistas alertam para os cuidados ao fazer o tetolé: é necessária muita higienização
Montagem/R7



A nutricionista do DF Andressa Marchi diz que Rayana está certa e garante que esses cuidados são essenciais para evitar bactérias no leite do bebê.



— Eu tenho um bebê e nunca fiz, mas por falta de oportunidade, porque é leite materno – faz bem! Mas, em relação a contaminação, tem que tomar cuidado demais. É preciso esterilizar, assim como o banco de leite faz. Quando você congela o leite para reaquecer é tranquilo, mas o tetolé é congelado, se contaminou, a bactéria vai ficar preservada — alerta a profissional.



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A pediatra e coordenadora dos bancos de leite do GDF (Governo do Distrito Federal), Miriam Santos, explica que o tetolé exige outros cuidados além da higienização cuidadosa. Segundo ela, o picolé, mesmo sendo feito de leite materno, não deve ser dado para crianças de 0 a 6 meses de idade. Estas precisam de alimentação exclusiva do peito. Além disso, ela deixa o alerta às mães para que tomem cuidado com a amamentação cruzada – o tetolé só deve ser feito com o leite da própria mãe, porque ele não foi pasteurizado por um banco de leite e, por isso, não está pronto para ser doado.



— Dependendo da situação [o tetolé] é muito bom. Uma criança de dois anos que gosta do leite materno, ainda mama no peito, não precisa de outros alimentos e a mãe pode fazer o picolé de leite materno. Para crianças de um ano, um ano e meio, isso é muito bom — afirma.



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Via:: R7



Tetolé: picolé feito de leite materno é a aposta das mães do DF para refrescar bebês no calor

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