terça-feira, 30 de junho de 2015

CPI do transporte avalia pedir suspensão de licitações de ônibus no DF

By Do R7






Parlamentares identificaram irregularidades e, ao fim da investigação, podem pedir suspensão das licitações
Divulgação/ CLDF



A Comissão Parlamentar de Inquérito do transporte público da Câmara Legislativa do Distrito Federal pode pedir a suspensão das licitações que concederam a operação linhas de ônibus em todo o DF após a conclusão das investigações dos distritais. Os parlamentares entram, neste mês, na segunda etapa da CPI com a análise de documentos sobre os editais.



O processo de licitação do transporte público teve início em 2012 e foi concluída em 2014, após diversos recursos judiciais. Cinco empresas foram selecionadas para prestar o serviço em formato de bacias e com frota renovada. Um mês e meio após a instalação da CPI, na primeira etapa de oitivas de pessoas que participaram da Comissão de Licitação, os deputados identificaram, de forma preliminar, duas irregularidades no processo.



O presidente da CPI, deputado Bispo Renato Andrade (PR), afirma que o sistema financeiro do modelo estabelecido impõe perdas à população.



— É prematuro analisar isso com todas as letras, mas não tenha dúvida de que esta questão financeira é um fator preocupante. Não existe risco na licitação, as empresas sempre ganham. Se mil passageiros embarcarem, as empresas ganham. Se esse número reduzir para 500, eles continuam ganhando porque o governo vai arcar com os prejuízos. O empresário vai ganhar sempre, analisa o parlamentar.



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Outro problema apontado pelos membros da CPI é a definição do sistema de bacias para a operação das linhas. No novo modelo, determinadas empresas podem atuar em um conjunto de cidades, que formam uma bacia. A licitação é válida para a prestação do serviço apenas naquela região e não pode ser estendido para outras. O presidente avalia que a organização não favoreceu os usuários.



— Este modelo foi importado de Curitiba, que é uma cidade com outras características, e não resolveu o problema daqui. Está claro que foi feita a licitação e os problemas continuam, afirma o parlamentar.



Outra irregularidade identificada é a participação do advogado Sacha Reck na Comissão de Licitação e, ao mesmo tempo, prestava serviço de consultoria para a Marechal, uma das empresas que concorriam aos editais e acabou vencedora de um dos processos. Bispo Renato Andrade ainda acrescenta que o escritório do pai de Sacha Reck construiu os editais e que esses fatos impediriam a participação dele na comissão de licitação.



Em depoimento na última quinta-feira (25), o ex-secretário de Transportes, José Valter Vásquez, afirma que Reck foi escolhido para participar do processo por sua “reconhecida competência” na área de transporte.



— Se ele fez alguma coisa errada eu não sei e não sou responsável por isso, afirmou Vásquez aos parlamentares.



Via:: R7



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