Polícia do DF investiga suspeito que promete R$ 3 mil por filme de sexo, faz falso depósito e divulga gravação

By Do R7

Depois das gravações, o vídeo era compartilhado e se espalhava rapidamente nas redes sociais
Reprodução/TV Record Brasília

A Polícia do Distrito Federal investiga um homem que tem aplicado o “Golpe do Sexo” em mulheres da cidade. Ele procura a vítima, diz que vai pagar R$ 3 mil para que ela grave um vídeo com cenas de sexo e, depois de jogar as imagens nas redes sociais, realiza apenas um falso depósito.

Uma das mulheres que foi enganada pelo homem conta que, após ter a intimidade exposta, não consegue mais andar nas ruas e sua vida está devastada.

— A minha vida toda mudou completamente por causa disso. Eu confiei nele porque foi uma amiga que me apresentou e ele disse que [o vídeo] era para ele, porque seria uma fantasia dele. Disse que era só para ele ficar olhando. Quando vi que o dinheiro não estava na conta, eu tive a certeza de que era um golpe.

Outra vítima conta história parecida, diz que recebeu uma proposta financeira para gravar cenas de sexo para uso próprio. Ela conta que o tinha até comprovante do deposito: R$ 3 mil na conta de uma amiga de uma das vítimas. Mas tudo não passava de fraude, já que o envelope era depositado sem o dinheiro, completamente vazio.

— Ele pediu para eu fazer esse vídeo, disse que tinha me achado bonita e eu tinha chamado a atenção dele. O valor total do vídeo era de R$ 6 mil porque tinha que ter uma outra menina e era R$ 3 mil para cada uma.

Depois das gravações, o vídeo era compartilhado e se espalhava rapidamente nas redes sociais. Com isso, as vítimas dizem que não conseguem emprego e que ficou difícil sair nas ruas do DF.

— Vamos entrar com um processo, o advogado do meu pai está cuidando do caso. Eu já passei uma cópia dos comprovantes para ele.

A Rede Record Brasília conseguiu encontrar o suspeito de aplicar o golpe e, durante uma conversa por telefone, ele dá uma versão diferente da contada pelas vítimas: diz que administrava um grupo que postava vídeos de sexo com casais ou várias pessoas ao mesmo tempo e garante que os atores eram convencidos a gravar por livre e espontânea vontade.

— Tinha muita gente no grupo, então, era normal. Muita gente queria participar e era normal todo mundo gravar um videozinho, ninguém fazia com malícia nenhuma. Sem cobrar, claro.

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Para as vítimas, o homem se apresenta como Simon, mas para a Rede Record ele disse se chamar Marcelo Huck. Segundo o delegado responsável pelo caso, Fernando Fernandes, o suspeito cometeu crime de difamação por expor as jovens nas redes sociais.

— Além disso, investigaremos a versão dessa jovem de que o pagamento para fazer esse vídeo foi fraudulento. Isso caracterizaria, em tese, o crime de violação sexual diante fraude que seria atribuída uma pena de reclusão de dois a três anos.

Via:: R7

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