Advogada passou um ano para reunir documentos e contar história de sua família
Arquivo Pessoal
A advogada do DF Débora Marchewka, de 42 anos, comoveu usuários do Facebook com sua história de amor à memória da família. Ela passou cerca de um ano reunindo tudo sobre seus avós, um casal de judeus que chegou ao Brasil após fugirem da primeira guerra mundial, mas teve os dois álbuns roubados no estacionamento de uma faculdade particular do Distrito Federal. A história, contudo, encontrou seu final feliz: um senhor encontrou a mala com os dois albuns em uma área isolada de Sobradinho, região do Distrito Federal.
Débora conta que se emocionou ao reaver os álbuns, não só pelo trabalho que teve para montá-los junto com sua filha, mas, também porque eles possuem diversos pertences de seus avós e até documentos considerados históricos. Tanto que, pouco antes de serem furtados, foram apresentados por uma professora para uma turma da faculdade. Por falta de sorte, essa mesma professora pediu para levar os álbuns para casa a fim de estudá-los, mas no mesmo dia seu carro foi arrombado. Só agora Débora teve notícias deles.
— Os álbuns foram encontrados totalmente inteiros, pois os bandidos fizeram a gentileza de não levar a mala, assim ficaram protegidos. A mala é que está totalmente destruída de tanto sol e chuva. A sensação de encontrar os álbuns é indescritível.
Um senhor já de idade foi quem encontrou o álbum em uma estrada próxima de Sobradinho, região do Distrito Federal. Segundo Débora, a mala estava jogada em um matagal e o homem que o encontrou nem sabia do que se tratava.
— Quando ele viu o trabalho ficou imaginando que alguém devia estar procurando [pelos álbuns]. Ai a sobrinha dele conseguiu, pelo sobrenome, encontrar minha filha no Facebook
Para a advogada, os álbuns são a única forma de transmitir aos filhos e aos seus netos o amor que seus avós sentiram um pelo outro.
— São documentos históricos de judeus que imigraram para o Brasil na primeira guerra, chegaram no Rio de Janeiro e construíram a vida. Eles tiveram um único filho: meu pai. São fotos, passaporte, certidões, identidades, CPF, carteira de banco e até cartas de amor trocadas entre os meus avós. É um projeto tão bonito. — conta.
Via:: R7
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